quarta-feira, 18 de abril de 2007

Uma aula de Português muito pretensiosa (três partes)


Uma Visão Holística da Análise Sintática (segunda parte)


Além do verbo, que constitui o núcleo da PALAVRA, há os componentes sintáticos que servem à sua completude: substantivos, adjetivos, advérbios e orações subordinadas, estas para desempenhar a função de substantivos, adjetivos ou advérbios, necessários, mas inexistentes.

Componente sintático (2): substantivos

Substantivos são as palavras que exercem as funções, mencionadas na primeira parte, de sujeito e de objetos. Exemplo: "O jornaleiro deu milho aos pombos".

Componente sintático (3): adjetivos

Adjetivos - são as palavras que servem para qualificar os substantivos, estes nas respectivas funções mencionadas na primeira parte. Exemplo: "O professor exigente comeu a goiaba envenenada".

Componente sintático (4) : advérbios

Advérbios - são as palavras que servem para exprimir as circunstâncias, conforme já mencionado. Exemplo: "Trovejou ontem."

Componente sintático (5): componentes oracionais

Componentes oracionais são as chamadas orações subordinadas, que servem para exercer as funções, antes apresentadas, de substantivos, adjetivos e advérbios, quando estes ou não existem formalmente ou, se existentes, são insuficientes para expressar o que se deseja.

As orações subordinadas fazem o papel de substantivos, adjetivos ou advérbios, necessários, mas inexistentes.

(a) Orações subordinadas substantivas - são as que desempenham o papel de substantivo, na sua função de sujeito ou de objeto. Exemplo: "Percebi que eles esqueceram a minha recomendação". O autor da frase não encontrou um substantivo que expressasse o que ele quis dizer com a oração subordinada substantiva "que eles esqueceram a minha recomendação." Poderia ter usado, por exemplo, uma alternativa como "percebi o esquecimento", o que seria insuficiente para exprimir o que foi dito, ou, alternativamente, "percebi o esquecimento deles a respeito da minha recomendação", o que, sobre arruinar o estilo, não traria nenhuma economia de palavras. "Que eles esqueceram a minha recomendação" é uma oração que o orador pôs no lugar de um substantivo necessário ao seu discurso, mas inexistente.

(b) Orações subordinadas adjetivas - são as orações que desempenham o papel de adjetivo, na sua função de qualificar o substantivo. Exemplo: "O professor que nunca ri mudou-se para a Tijuca." Aqui o orador não encontrou um adjetivo que expressasse o que ele quis enunciar com a oração subordinada adjetiva "que nunca ri". Poderia ter dito professor "carrancudo" ou professor "triste", expressões que, entretanto, não traduzem o que foi dito e até diferem entre si. "Que nunca ri" é uma oração que está no lugar de um adjetivo inexistente, mas necessário ao discurso do orador.

(c) Orações subordinadas adverbiais - são as que desempenham o papel de advérbios, na sua função de exprimir as circunstâncias. Exemplo: "Chovia quando despertei." Ao autor deste enunciado não ocorreu nenhum advérbio que expressasse o que ele quis informar com a oração subordinada adverbial "quando despertei". Poderia, alternativamente, ter dito "chovia cedinho" ou "chovia pela manhã"? Sim, se ele tivesse entendido que uma dessas alternativas, caso lhe ocorresse, era equivalente ao que ele enunciou. Não foi o caso, e ele se valeu de uma oração subordinada adverbial, no caso, temporal. "Quando despertei" é uma oração criada pelo orador para ocupar o lugar de um advérbio necessário, que, entretanto, não existe ou não lhe ocorreu.

(continua)


2 comentários:

Anônimo disse...

Você presisa colocar exercícios

Anônimo disse...

Por que nao:)