segunda-feira, 30 de julho de 2007

CHAMPOLLION

Hieróglifos

A escrita hieroglífica do antigo Egito foi decifrada pelo exame da pedra de Roseta, na qual se encontrava um texto grafado em três versões, hieróglifos, demótico e grego.
Essa pedra foi descoberta num local situado a 30 quilômetros de Alexandria, em 1799, por Boussard, um dos sábios franceses que acompanharam Napoleão ao Egito.
A escrita demótica, que era uma forma simplificada de hieróglifos, tinha sido adotada em torno do ano 700 a. C. e vigorou até a chegada dos romanos ao Egito. O texto reproduz um decreto do corpo sacerdotal do Egito, de 196 a.C., conferindo honras ao rei Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.), como retribuição por benefícios recebidos.


Disputa


Muitos pesquisadores tentaram decifrar os hieróglifos tomando por base a pedra de Roseta.
O mais bem sucedido foi
Jean-François Champollion (1790 - 1832), um genial lingüista francês que conhecia pelo menos 12 línguas, incluindo o copta, que sucedeu o egípcio antigo. Comparando, na pedra de Roseta, as escritas demótica e hieroglífica com sua versão em grego, Champollion decifrou os hieróglifos em 1822.
Numa verdadeira disputa com Champollion, o médico britânico Thomas Young
propôs em 1823 uma segunda versão do alfabeto egípcio.
Defensores de uma e de outra solução enfrentaram-se durante quatro décadas.
A questão se definiu em 1866, quando um novo texto hieroglífico foi encontrado, o Decreto de Canopus, de autoria de Ptolomeu III Evergeta, de 237 a. C. O decreto, que impunha uma reforma do calendário para introduzir o ano bissexto, foi decifrado de maneira conclusiva com o auxílio do sistema de Champollion, não remanescendo desde então nenhum espaço para dúvidas ou contestações.
Champollion já estava morto, desde 4 de março de 1832.



Onde está a pedra

Com a derrota de Napoleão no Egito, a pedra de Roseta tornou-se propriedade da Inglaterra, nos termos do Tratado de Alexandria, de 1801, bem como outras antigüidades que os franceses haviam localizado naquele país.
Desde 1802
a pedra de Roseta encontra-se no Museu Britânico, em Londres, que existe desde 7 de junho de 1753 e é o mais antigo museu público do mundo.

Um comentário:

Anônimo disse...

muito i nteresante