Aquecimento Global e Protocolo de Kyoto
O excesso de dióxido de carbono na atmosfera, cuja concentração tem subido à razão de 0,4 por cento ao ano, poderá provocar um sobreaquecimento global de 2 a 6 graus Celsius nos próximos cem anos. O fenômeno é devido aos gases poluentes resultantes da combustão de petróleo líquido, gás natural e carvão e à destruição das florestas tropicais. Se nenhuma ação for tomada visando a inibir a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, as conseqüências poderão ser muito graves: drástica alteração do clima em todo o Planeta e elevação do nível da água do mar por causa do derretimento das calotas polares, com alagamento de ilhas e regiões litorâneas. Os ecossistemas serão afetados e muitas espécies animais e vegetais serão extintas, prevendo-se, em adição, a ocorrência de tufões, terremotos e importantes reduções da produção agrícola.
O Protocolo de Kyoto, negociado em 1997, foi assinado por 84 países e só entrará em vigor depois que for reconhecido em lei em pelo menos 55 países. Trata-se de um acordo internacional para reduzir as emissões de gases-estufa dos países industrializados e assegurar um modelo de desenvolvimento limpo aos países em desenvolvimento. Por esse acordo, os principais países poluidores obrigam-se a reduzir, entre 2008 e 2012, cerca de 5,2 % das suas emissões em relação aos níveis medidos em 1990.
Para a União Européia, foi estabelecida a redução de 8% com relação às emissões de gases em 1990. Para os Estados Unidos, foi prevista a diminuição de 7%; para o Japão, de 6%. Para os países em desenvolvimento, como o Brasil, China, Índia e México, esses níveis de redução ainda não foram estabelecidos. Além da redução das emissões de gases, o Protocolo de Kyoto estabelece outras medidas, como o incentivo ao uso da energia elétrica e do gás natural.
Infelizmente, porém, os Estados Unidos se retiraram do acordo em março de 2001. Trata-se do país que mais emite gases poluentes.
segunda-feira, 19 de março de 2007
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