A VÊNUS DE MILO
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Não consegui acompanhar as aulas de matemática, das quais, apesar de muito esforço, ficou-me apenas um comentário do professor Eutrópio:
- O Binômio de Newton, de tão importante, é até citado na poesia de Fernando Pessoa.
Parecia uma tirada inconsequente do Eutrópio, que era meio grosso e irônico, além de ter cara de quem não leu poesia nenhuma. É verdade que eu tampouco me importava com poesia e apenas conhecia, se tanto, o Mal Secreto e alguns trechos bem condoreiros do Navio Negreiro. Seja como for, abandonada a ideia de ser engenheiro e passados mais de vinte anos, fui outro dia à livraria e comprei as obras completas de Fernando Pessoa, o poeta que, em sonhos, sonhos criou. Encontrei o poema em Álvaro de Campos:
“O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.
O que há é pouca gente para dar por isso.
óóóó óóóóóó óó óóóóóóó óóóóóóó (O vento lá fora.)”
Ou seja, vestibular de engenharia também é cultura.
óóóó óóóóóó óó óóóóóóó óóóóóóó (O vento lá fora.)”
Ou seja, vestibular de engenharia também é cultura.
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