Há no folclore norte-americano a história de que, estando um sábio a morrer, um grupo de amigos pediu-lhe, como último legado, um aforismo que fosse definitivo e não comportasse nenhuma exceção. O moribundo, que era solícito e generoso, pronunciou então suas palavras finais:
- Oh, there ain't no such thing as a free lunch.
Numa tradução não literal, essa frase significa algo como “amigos, não existe esse tal de almoço grátis” ou o nosso popular “se tem alguém comendo, tem alguém pagando”.
O aforismo foi assumido pelos economistas e tornou-se popular nos Estados Unidos, especialmente depois de adotado por Milton Friedman, professor da Universidade de Chicago e líder do pensamento econômico liberal. A frase se aplica a todas as situações da economia e serve de alerta para os que acreditam em algum milagroso suprimento “natural” de benesses. É especialmente enfatizado que, sempre que alguém consegue algum benefício do governo, legítimo ou não, os contribuintes é que pagam por ele. Pois, afinal, não existe almoço grátis.
Deleitam-se muitas pessoas em buscar exceções à aplicação do aforismo, e alguns acham que está nesse caso o exemplo da mãe que amamenta o filho.
- Ninguém está pagando nada à mãe, dizem esses.
- Como não?, indagam os que não concordam. Pois há custos envolvidos, para fazer a capacidade de amamentação da mãe, e alguém tem de pagar por eles.
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