quarta-feira, 29 de maio de 2013

Parkinson e as sedes suntuosas



Há um curioso estudo de Cyril Northcote Parkinson sobre as sedes suntuosas, que não raro surgem quando a instituição já se encontra em estado de decadência ou em estado de ociosidade. A explicação é simples: durante o período de crescimento e expansão, não há tempo para se pensar em instalações perfeitas; o tempo para isso vem mais tarde, quando não houver mais trabalho importante a realizar. Por exemplo, o Vaticano e a Basílica de São Pedro foram concluídos quando o Papado já havia perdido boa parte do seu poder; o mesmo aconteceu com a Liga das Nações, que perdeu sua importância e até deixou de existir logo após a inauguração do Palácio das Nações, em 1938. 

Versailles e Buckinghan

O Palácio de Versailles, que vinha sendo construído desde 1669, foi inaugurado como sede da Monarquia Francesa em 1756, a apenas 33 anos da Revolução Francesa, que exterminou a dinastia dos Luíses e a própria monarquia; assim também, o Palácio de Buckingham passou a ser a residência de uma monarquia britânica ociosa na mesma ocasião em que esta cedia seu poder a um governo parlamentar, sendo importante acrescentar que o primeiro-ministro, que tem o poder político e administrativo na Inglaterra, habita uma residência aparentemente normal, situada na Downing Street, 10; a própria Inglaterra foi varrida da Índia após construir Nova Delhi, esplêndida na concepção, impressionante na escala e nos detalhes.

 O Pentágono

Ah, o Pentágono, em Arlington, na Virgínia, só ficou pronto na etapa final da II Guerra Mundial, quando já se havia concluído
todo o planejamento militar no mal-amanhado Edifício das Munições

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