Infelizmente, não passa em concurso um homem como eu, só e desnecessário. Não que os concursos sejam fraudados, isso não. É que para se dar bem em concurso é necessário que o homem não seja desnecessário. Isso mesmo, é necessário não ser desnecessário. Mas há um lado bom nessa de ser desnecessário, bastando dizer que não tenho de dar espinafrada, nem gorjeta, nem mole, nem bandeira, nem uma de inteligente, nem bons-dias ou cotoveladas.
- Não acredito!
O homem desnecessário chama-se, por exemplo, Hebdomadário de Oliveira, que é esse o meu nome, exatamente esse. Sou, nesse particular, um homem comprovadamente só, por absoluta fata de outro Hebdomadário.Trago a certidão de nascimento sempre comigo, para aquelas pessoas que não acreditam que alguém possa ser, dos Oliveiras, o Hebdomadário. Sempre que requerido, essa certidão dissipa o mal-entendido de forma competente e definitiva.
- Hebdomadário de Oliveira, sim, senhor, veja aqui, nascido em Barro Verde, no dia 3 de janeiro de 1969.
Um comentário:
Pois eu acredito piamente, sr. Hebdomadário de Oliveira, que a sua desnecessaridade é absolutamente NECESSÁRIA!!!
um abraço, Remo
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