quarta-feira, 7 de março de 2012

DISPUTAS E OVOS LATERAIS

NEWTON VERSUS LEIBNIZ

Newton e Leibniz

Newton e Leibniz enfrentaram-se publicamente durante longos anos, disputando a glória de ter criado o cálculo infinitesimal, que engloga as derivadas e as integrais.


Leibniz , gênio alemão nascido em Leipzig, era um homem cordial, e Newton, um temperamental que gostava de triturar os que ameaçavam seu prestígio de gênio da ciência. Presidente da mais importante sociedade científica do mundo, a Royal Society, Newton a usava para obter pareceres que lhe garantiam a prioridade na disputa, que se estendeu por mais de quarenta anos e só terminou com a morte de Leibniz, em 1716.
Hoje se acredita que os dois cientistas, trabalhando independentemente, teriam chegado aos mesmos resultados, embora seja de Leibniz a notação que se aproxima daquela que os matemáticos usam universalmente:



Einstein não botou ovos laterais

Os cientistas não estão imunes aos nossos problemas e dramas. Não estão, mesmo. Houve no casamento de Einstein e Mileva Maric um mistério nunca esclarecido: a filha Lieserl, da qual só se sabe o nome, desapareceu de cena alguns dias depois de ter nascido, na Sérvia, em 1902. Esse fato só se tornou conhecido 85 anos depois, em 1987, quando as cartas de Einstein foram tornadas públicas por decisão judicial.

Einstein e Mileva

Nunca houve uma palavra, publicamente, de Einstein ou de Mileva sobre Lieserl. Uns poucos acreditam que teria morrido, ainda bebê, mas a maioria suspeita de que tenha sido dada em regime de adoção, por causa de problemas financeiros enfrentados pelo casal. Pois, naquele ano de 1902, Einstein, ainda desempregado e aguardando uma colocação no Escritório de Patentes de Berna, colocou o seguinte anúncio em um jornal suíço:

“Aulas particulares de Matemática e Física para universitários e secundaristas, dadas especialmente por Albert Einstein, professor diplomado pela Politécnica Federal - Gerechtigkeitsgasse, 32, primeiro andar. Aulas experimentais grátis.”


Gerechtigkeitsgasse, 32, residência de Einstein em Berna, 1902

Einstein e Mileva continuaram juntos por quinze anos e tiveram mais dois filhos, Hans Albert, em 1904, e Eduard, em 1910. Na década de 1930, Einstein, divorciado de Mileva desde 1918, morava com sua segunda mulher, Elsa Löwentall, em Princeton, nos Estados Unidos; foi quando um amigo residente na mesma cidade, Hermann Weyl, recebeu de um professor do Christ Church College, de Oxford, Inglaterra, um telegrama sobre uma mulher que tentava provar ser filha de Einstein:

“Senhorita Herrschdoeffer acha que é filha de Einstein. Busca apoio nos altos círculos porque não pode contar com a madrasta, Elsa Löwentall. Não duvide e comunique Einstein pessoalmente. Telegrafe em seguida. Frederick Lindemann.”

Ninguém naquela ocasião podia associar o episódio a Lieserl, cuja existência era então desconhecida de todos. Sabe-se que a secretária de Einstein, Helen Dukas, contratou para investigar o caso um detetive particular, cujas averiguações teriam indicado que se tratava de um delírio ou de uma impostura de Grete Markstein, uma atriz alemã. Einstein escreveu a respeito para um amigo, com uma ressentida pilhéria:

-Dizer que pus ovos para os lados seria engraçado, se não magoasse outras pessoas.

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