sábado, 3 de março de 2012

NEWTON VERSUS EINSTEIN

Pró-Newton

Eis os versos do poeta inglês Alexander Pope (1688-1744), gravados no túmulo de Isaac Newton (1642-1727), na Abadia de Westminster, em Londres, Inglaterra:


"Nature and Nature's law lay hid in night.
God sad “Let Newton be“ and all was light.
"

Em Português:


"A natureza e as leis naturais jaziam dentro da noite.
Disse Deus “Que seja Newton” e houve a luz."

Pró-Einstein

John Squire (1884-1958), outro poeta inglês, propôs acrescentar àquele epitáfio de Newton os seguintes versos:

"It did not last: the Devil (howling “Ho! Let Einstein be!”)
restored the status quo.
"

Em Português:


"Não durou: o Diabo (uivando “Oh! Einstein seja feito!”)
restaurou o status quo."

Um comentário:

Anônimo disse...

Alexander Pope, poeta símbolo do neo-classicismo inglês, consagrou-se como mestre da perfeição formal, das metáforas e da ironia.
Muitos dos seus versos tornaram-se proverbiais,representando a dualidade do bem e do mal, enfatizando a importância da razão e dos argumentos racionais.
Issac Newton heroi da mecanica moderna, foi à frente de todos nos conhecimentos alusivos à gravidade universal.
Com as leis de Issac Newton, o mundo científico viveu ao menos até a segunda metade do século XIX, a sensação de que a física havia concluído a sua tarefa, e obteria assim a respostas definitivas, sobre os segredos da natureza e os mistérios do mundo.
Mas como o mundo é feito de mudanças, John Squire homenageia de um modo divertido os abalos revolucionários da ciência, donos da criação emendando as antigas reverências com uma nova irreverência, de espanto e admiração.
Poeta crítico historiador e jornalista inventor da paródia no estilo de Alexander Pope com fina ironia,dá bem a medida dos transtornos científico cultural com as descobertas de Max Planck e Einstein que provocaram as certezas de então;acrescentando ao verso original sua versão:
_Passado o momento, jogando dados em livre pensar.
_No espaço tempo todos cantavam:
"O que será, será!.
Como Lavoisier:
Na natureza nada se cria, tudo se transforma, mostrando que é apenas uma combinação de substâncias e não uma decomposição.
Gostaria de acrescentar que Benjamim Franklin escreveu seu famoso epitáfio:
_O corpo de Benjamim Franklin/Impressor/Como a Capa de um Livro Velho/Seu conteúdo despedaçado/E/Despido de seu Título e de Seus Dourados/Aqui jaz/alimento para os vermes/Mas o trabalho não será perdido/Pois,como ele acredita/Aparecerá mais uma vez/Em nova e mais elegante edição/Revista e corrigida/Pelo autor".