Foi Marconi, afirmam uns...
O Cristo Redentor foi inaugurado no dia 12 de outubro de 1931. Suas luzes foram acesas exatamente às 19 horas e 15 minutos, para grande alegria da população do Rio de Janeiro, numa cerimônia que teve a presença do cardeal Dom Sebastião Leme e do Presidente Getúlio Vargas.
Por iniciativa do jornalista Assis Chateaubriand, o cientista italiano Guglielmo Marconi, inventor do rádio, foi solicitado a ativar a iluminação do monumento no seu dia inaugural, por intermédio de um sinal elétrico enviado de algum ponto da Itália.
Na biografia de Marconi, de autoria de Filippo Garozzo, a proeza de Marconi foi assim relatada:
"Então todos ficaram olhando para o morro, esperando o milagre a ser produzido por um homem. E o milagre, pontualmente, aconteceu. O Papa e Marconi, em Roma, apertaram uma chave de transmissor; e um impulso rápido partiu da Cidade Eterna, deslizou sobre o Atlântico mais velozmente que o relâmpago, e atingiu o Cristo Redentor, construído sobre o Morro do Corcovado, na Baía de São Sebastião do Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa. E o Cristo, de repente, ficou tão resplandecente e brilhante de luz que mais se assemelhava a uma festa! Parecia até outro Cristo, risonho e mais bonito, agora que estava iluminado e inaugurado pela mão do Santo Padre e pelo gênio de Marconi."
Alguns dos que atribuem a façanha a Marconi costumam mencionar que o grande cientista acionou o transmissor não de Roma, nem na presença do Papa, mas a bordo do seu iate Electra, que estaria ancorado na Baía de Nápoles.
Não foi Marconi, garantem outros...
Há, todavia, uma segunda versão, geralmente apontada como a verdadeira. Realmente estava previsto que Marconi comandaria da Itália a inauguração das luzes do Cristo Redentor. Emitido do Electra, um iate ancorado na Baía de Nápoles, o sinal elétrico seria captado em Dorchester, na Inglaterra, e retransmitido para uma antena instalada em Jacarepaguá, de onde se acenderiam as luzes do Corcovado. O mau tempo, porém, teria impedido essa operação, e o monumento teve de ser iluminado do próprio Rio de Janeiro.
A maravilha
Situa-se no Morro do Corcovado, 710 metros acima do nível do mar, e tem 30 metros de altura, assentado sobre um pedastal de oito metros adicionais. O monumento foi sugerido à Princesa Isabel em 1859 pelo padre Pedro Maria Boss, mas a ideia só se materializou a partir de 1921, quando dos preparativos para as comemorações do centenário da Independência. O projeto teve a autoria do arquiteto francês Paul Landowski e a construção, que demorou cerca de cinco anos, ficou a cargo do engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário