Estou lendo Albert Camus, que, ao contrário daquele seu estrangeiro, repudia a depressão e ama a vida:
- Amo a vida, eis a minha verdadeira fraqueza. Amo-a tanto, que não tenho nenhuma imaginação para o que não for vida.
Também amo a vida, pensei, deve ser isso. Amo a vida e quero me reconciliar com a May.
- Tanto tempo passado e esgotado o ressentimento, ela não se recusará a me atender.
Meu coração acelerou quando decidi telefonar.
- May? Despediu-se do Museu há cerca de um mês.
- Foi demitida?
- Não, não, pediu demissão. Casou-se com o Kurtis e se mudou para Paris.
- Kurtis, quem é Kurtis?
- Você é mais um namorado dela?
- Kurtis, quem é o Kurtis?
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