sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A METÁFORA DO JOGO DE XADREZ

ENTENDENDO A NATUREZA

Thomas Henry Huxley, médico e cientista inglês, chamado de "Buldogue de Darwin", e Richard Feynman, que muitos consideram o maior físico da história dos Estados Unidos, usaram o jogo de xadrez como imagem da realidade natural. É que não temos outro recurso senão o de jogar o jogo antes de entendê-lo, o que significa errar muitas vezes antes de acertar.

Thomas Henry Huxley (1825-1895)

Charles Darwin formulou a Teoria da Evolução
entre 1836 e 1858: as espécies evoluem mediante processos naturais, a partir de algumas poucas formas primitivas simples, quem sabe a partir de uma única forma. Quando suas idéias se tornaram conhecidas, foram combatidas pelos religiosos vitorianos, gerando uma controvérsia que culminou com um debate, diante de um público de 800 pessoas, na Universidade de Oxford, em 30 de junho de 1860.
Nesse debate, os ortodoxos foram representados pelo Rev
erendo Samuel Wilberforce, Bispo de Oxford, e Charles Darwin, por Thomas Huxley.


Huxley

"O tabuleiro de xadrez é o mundo, as peças são os fenômenos do Universo, as regras do jogo são o que convencionamos chamar de as leis da Natureza. O jogador do outro lado está oculto para nós. Sabemos que seu jogo é sempre limpo, justo e paciente. Mas também sabemos, pela nossa experiência, que ele nunca perdoa um erro, nem faz a menor concessão à ignorância."

("A Liberal Education", 1868)


Richard Feynman (1918-1988)

Richard Fe
ynman, recebedor do Prêmio Nobel de Física de 1965, notabilizou-se por ter criado a Eletrodinâmica Quântica e por trabalhos importantes sobre interações fracas, trabalhos sobre interações fortes e trabalhos sobre a superfluidez do hélio líquido. Exímio professor, foi o criador do "diagrama de Feynman".
Passou uma temporada no Brasil, onde, tocando tamborim com maestria
no bloco carnavalesco Inocentes de Copacabana, foi campeão do carnaval em 1952.


Richard Feynman

"Podemos imaginar que esse arranjo de coisas móveis que constitui o mundo seja algo como uma grande partida de xadrez jogada pelos deuses, e nós somos os observadores do jogo. Não conhecemos as regras, e tudo que podemos fazer é observá-lo. É claro que, se insistirmos na observação, acabaremos captando algumas das regras, e estas formam a física fundamental. Quando conhecermos todas as regras, estaremos "entendendo" o mundo."

("Feynman Lectures on Physics", 1963)

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