PROTÁGORAS
Protágoras
(483 a. C. - 410 a. C.) é o mais conhecido dos sofistas, a classe de
intelectuais que ao tempo de Sócrates se dedicavam a ensinar retórica e
eloquência aos jovens atenienses que pretendiam dedicar-se à política. Pois
aquele era um tempo de democracia, seguindo-se à vitória de Atenas sobre os
persas, em 479 a. C. É nessa época que a filosofia começa a se afastar das
investigações sobre a natureza e sobre o universo, para dedicar-se preferencialmente
às questões humanas. Dizia ele que o homem é a medida de todas as coisas:
daquelas coisas que são, pelo que são, e daquelas que não são, pelo que não
são, entendendo por medida a norma de juízo e entendendo por coisas, os fatos
em geral. O homem é o juiz de todos os fatos, pois dispõe da razão; mas existe
uma diferença infinita entre homem e homem, e exatamente por isso as coisas
parecem, e são de um jeito, para uma pessoa, e parecem, e são de outro jeito,
para outra pessoa.
Protágoras
era amigo de Péricles, mas foi banido de Atenas, e teve suas obras queimadas em
praça pública, depois de manifestar que não se pode afirmar que os deuses
existem, nem que não existem. Morreu num naufrágio, quando a seguir fugia para
a Sicília. Protágoras foi o primeiro grego a ganhar dinheiro com ministrar aulas
de oratória, poesia, cidadania e gramática, e era famoso pelo alto preço que
cobrava.
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