sexta-feira, 11 de outubro de 2013

AINDA ALÉM DA TAPOBRANA


SERENDIPIDADE

 
Serendip foi um dos nomes da Taprobana, a ilha mencionada por Camões no Canto I dos Lusíadas, que também já foi chamada de Ceilão e hoje é conhecida como Sri Lanka. De acordo com um conto oriental, três príncipes de Serendip, nos seus passeios pela ilha, fizeram importantes e inesperadas descobertas, das quais sempre tiravam proveito, graças à sua inteligência e sagacidade. Essa a inspiração que levou o escritor e político inglês Horace Walpole a sugerir, em 1754, a palavra “serendipity” (serendipidade) para designar descobertas felizes, mas acidentais. Na serendipidade, aliam-se  sorte, para fazer a descoberta inesperada, e competência, para reconhecer sua importância. A descoberta da penicilina, que demonstrou suas propriedades ao cair acidentalmente sobre uma cultura de bactérias, é um caso típico de serendipidade. Outros casos de serendipidade: a descoberta do fósforo por Hennig Brand , que procurava obter ouro a partir da urina, e a detecção do ruído do Big Bang, por Penzias e Wilson, em 1964, quando calibravam uma gigantesca antena na localidade de Homdel, New Jersey.
            Outros exemplos de serendipidade
            Em 1948, o engenheiro suíço George de Mestral viu sementes espinhosas em sua calça e teve a ideia de inventar o Velcro.
            O cientista e inventor norte-americano Arthur Fry tentava em 1974 fabricar uma supercola e obteve, ao contrário, uma cola muito fraca, que só serviu para marcar as páginas do seu livro de hinos. Assim nasceram os adesivos do tipo "post-it".
            O Viagra, desenvolvido nos Estados Unidos, em 1996, para tratamento de problemas cardíacos, apresentou o inesperado efeito colateral de provocar ereções penianas, o que levou o grupo Pfizer a patenteá-lo para uso no tratamento da disfunção erétil.


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