SERENDIPIDADE
Serendip foi um dos nomes da Taprobana, a ilha
mencionada por Camões no Canto I dos Lusíadas, que também já foi chamada de
Ceilão e hoje é conhecida como Sri Lanka. De acordo com um conto oriental, três
príncipes de Serendip, nos seus passeios pela ilha, fizeram importantes e
inesperadas descobertas, das quais sempre tiravam proveito, graças à sua
inteligência e sagacidade. Essa a inspiração que levou o escritor e político
inglês Horace Walpole a sugerir, em 1754, a palavra “serendipity” (serendipidade)
para designar descobertas felizes, mas acidentais. Na serendipidade,
aliam-se sorte, para fazer a descoberta
inesperada, e competência, para reconhecer sua importância. A descoberta da
penicilina, que demonstrou suas propriedades ao cair acidentalmente sobre uma
cultura de bactérias, é um caso típico de serendipidade. Outros casos de
serendipidade: a descoberta do fósforo por Hennig Brand , que procurava obter
ouro a partir da urina, e a detecção do ruído do Big Bang, por Penzias e
Wilson, em 1964, quando calibravam uma gigantesca antena na localidade de
Homdel, New Jersey.
Outros
exemplos de serendipidade
Em
1948, o engenheiro suíço George de Mestral viu sementes espinhosas em sua calça
e teve a ideia de inventar o Velcro.
O
cientista e inventor norte-americano Arthur Fry tentava em 1974 fabricar uma
supercola e obteve, ao contrário, uma cola muito fraca, que só serviu para
marcar as páginas do seu livro de hinos. Assim nasceram os adesivos do tipo
"post-it".
O
Viagra, desenvolvido nos Estados Unidos, em 1996, para tratamento de problemas
cardíacos, apresentou o inesperado efeito colateral de provocar ereções
penianas, o que levou o grupo Pfizer a patenteá-lo para uso no tratamento da
disfunção erétil.
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